A moça do sonho



A moça do sonho

Súbito me encantou
A moça em contraluz
Arrisquei perguntar: quem és?
Mas fraquejou a voz
Sem jeito eu lhe pegava as mãos
Como quem desatasse um nó
Soprei seu rosto sem pensar
E o rosto se desfez em pó

Por encanto voltou
Cantando a meia voz
Súbito perguntei: quem és?
Mas oscilou a luz
Fugia devagar de mim
E quando a segurei, gemeu
O seu vestido se partiu
E o rosto já não era o seu

Há de haver algum lugar
Um confuso casarão
Onde os sonhos serão reais
E a vida não
Por ali reinaria meu bem
Com seus risos, seus ais, sua tez
E uma cama onde à noite
Sonhasse comigo
Talvez

Um lugar deve existir
Uma espécie de bazar
Onde os sonhos extraviados
Vão parar
Entre escadas que fogem dos pés
E relógios que rodam pra trás
Se eu pudesse encontrar meu amor
Não voltava
Jamais

3 commenti:

Rodrigo Luciano ha detto...
Questo commento è stato eliminato dall'autore.
Rodrigo Luciano ha detto...

Os dias tem sido pesados, a barra do meu tempo chegando, e eu sorrindo, implorando, dizendo "que faça de mim algo melhor..."

Viveria, com amor, neste confuso casarão, sentiria ao menos paz de ver ali aos que amo... Um casarão da cor de sua tez, onde todo eco seriam seus risos, seus "ais"....

Mas minha vida precisa que eu engula meus próprios "ais"... e eu ensino a ela que "respeito muito minhas lágrimas, mas ainda mas minha risada..." e por isso encaro, rindo, a realidade dos meus dias, e vivo, desejando, a moça unica que acompanha minhas noites...... te amo.

Anonimo ha detto...

quello che stavo cercando, grazie